quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Arruda leu inquérito antes de ação da PF




O governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, conhecia em detalhes 200 páginas do inquérito da Polícia Federal sobre o caso do 'mensalão do DEM' antes de ser lançada a ação contra ele, segundo o jornal Folha de S.Paulo. O jornal afirma que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) liberou essas páginas para advogados de Arruda no dia 26 de novembro, cinco dias antes da data marcada pela PF para efetuar a busca de provas. A liberação dos papéis teria obrigado a PF a antecipar a ação.


De acordo com a reportagem, Arruda teve acesso a planilhas com gastos e notas fiscais do suposto caixa 2 da campanha eleitoral de 2006. A PF teria iniciado inquérito para apurar vazamento. As 200 páginas são parte do volume 2 do inquérito contra Arruda, equivalentes a um quarto do total. O ministro do STJ, Fernando Gonçalves, negou inicialmente ao jornal que liberou os dados. Posteriormente, entretanto, Gonçalves confirmou que a assinatura no despacho que deu a Arruda acesso ao inquérito é sua. No despacho há um parecer da Procuradoria Geral da República defendendo a liberação de parte do inquérito, que não seria sigilosa.

Entenda o caso Arruda

O mensalão do DEM, cujos vídeos foram divulgados no final do ano passado, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.


O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".


As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Entenda por que chove muito mais no presente.


Há milênios o homem vem consumindo os recursos naturais do planeta, e sem nunca sequer pensar em repô-los, sem sequer pensar no futuro das gerações e que ele próprio também viverá no futuro, adiante.
É notório a qualquer imbecil que a floresta densa com suas árvores de raízes profundas e suas copas alegóricas, tem por função natural reter água no solo, não só devido à sombra que proporciona mas as raízes atraem constantemente o líquido, mantendo o solo sempre úmido perto das raízes.

O benemérito homem, sempre caminha para o progresso, evolução, que consiste em quê? Usufruir indiscriminadamente de todos os recursos naturais que encontrar, descartar o lixo em qualquer lugar e encher o bolso de grana, isso é progresso!

Devastando as florestas tropicais, a mata atlântica, não fica difícil sabe que com o solzão comendo solto diretamente no solo recém assolado, a água antes retida evaporará e passará a vagar por aí até decidir chover.
Como isso vem acontecendo em larga escala, e as águas não tem mais as florestas tropicais para retornarem, essa água, somada ao derretimento das calotas polares que vem elevando consideravelmente o nível dos oceanos, se condensa de forma cada vez mais abrangente, criando nuvens maiores e consequentemente mais carregadas que devido ao aquecimento global, se esgotarão em menor tempo do que antigamente.

E como o desmatamento e a total devastação da flora mundial não pararia por alguns miseráveis morrendo, teremos longo período de desastres naturais, a fim de equilibrar o planeta e a natureza também poder exercer seu poder de destruição, antes de conseguir se renovar.

Segue abaixo as fotos dos nossos estados brasileiros, que "nunca na história desse país" estiveram mais com cara de "cerrado".

(clique nas fotos para ampliar) Imagens obtidas pelo Google Maps, a situação no momento já piorou.

Rondônia, região de Ji-paraná, é devastação descontrolada, percebam.

Toda a parte que não é verde, é desmatamento
No Acre não é diferente, podem conferir no site do Google Maps


Mas veja, sem desmatamento não descobriríamos os Geoglifos!
Desmatamento é cultura!!


Esta é a parte onde será construída a usina de Jirau, que devastará a região rio Madeira, e será construída pela empresa que está quase no topo da lista de empresas que mais destroem o meio ambiente.
A parte cinza já é, bem, cinzas... isso são queimadas.
Este é o nosso Mato Grosso do Sul, onde só se tem fazendas, nada mais de áreas verdes, nada.
O governador André Puccinelli é o maior latifundiário do estado, ou seja, as terras que eram do estado, são dele faz alguns anos. É, aquele mesmo que chamou o Ministro do Meio Ambiente de viado e maconheiro e disse que o 'estupraria em praça pública' (sic).
Aqui um panorama geral do estado MS
Aqui um zoom para terem melhor idéia. MS.


Aqui é o Pará, nota-se claramente as veias abertas na mata. Se temos a merda do exército porque não combatemos essa guerra??? Isso sim merece bala na cabeça de quem faz, ferindo impunemente a soberania do país.
Pará, região de São Félix do Xingú, este é um estado com sucessivos recordes de desmatamento.


Em Roraima, essa parte amarronzada que se estende até a fronteira, já não tem floresta. Confira no Google Maps com o zoom.


Região Sudeste e parte do Sul do país, não se vê concentração nenhuma de área verde.

É amigos, vamos, rumo ao progresso!!!


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Caso Kassab: doadoras receberam R$ 243 mi da Prefeitura


Cinco empresas responsáveis pelas supostas doações ilegais ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), receberam R$ 243 milhões em contratos pagos pela Prefeitura desde 2009, segundo o jornal Estado de S.Paulo. Essas doações teriam motivado a decisão da Justiça Eleitoral de cassar o seu mandato e o mandato da vice-prefeita, Alda Marco Antônio (PMDB). O valor dos contratos pode ser maior, uma vez que nem todos foram totalmente executados.
O valor de R$ 243 milhões seria o equivalente a 12% do total do investimento feito pela Prefeitura em 2009, de R$ 1,98 bi. As empresas Camargo Corrêa, OAS, Carioca Christiani Nielsen, Engeform e S/A Paulista teriam doado R$ 6,8 milhões para a reeleição de Kassab. A Camargo Corrêa teria sido a empreiteira com maior valor em contratos com a Prefeitura, somando R$ 83,2 milhões. Ela teria doado R$ 3 mi ao comitê do Democratas. A decisão da cassação teria sido tomada porque o total de doações supostamente ilegais superaria 20% das doações da campanha de Kassab. A sentença deve ser publicada pelo Diário Oficial nesta terça-feira.
Cassação
A Justiça Eleitoral cassou o mandato do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (DEM) e da vice Alda Marco Antonio (PMDB) por doações consideradas ilegais durante a campanha eleitoral de 2008. A decisão foi tomada pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral, Aloísio Sérgio Resende Silveira. A partir da publicação da sentença, começa a contar o prazo de três dias para o recurso dos acusados no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Em nota, os advogados de defesa do prefeito de Sâo Paulo, Gilberto Kassab (DEM), afirmam que o motivo alegado para a suposta cassação do mandato do político já foi derrotado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os advogados de Kassab dizem que a tese que embasa a sentença do juiz foi derrotada no Tribunal Superior Eleitoral por várias vezes desde 2006 e, segundo a defesa, deveria ser acatada pelas instâncias inferiores. A defesa afirmou que recorrerá da decisão judicial tão logo seja publicada a sentença.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Construtora é flagrada despejando concreto em boca de lobo em Diadema


Uma empresa de construção civil foi flagrada na segunda-feira despejando concreto em uma boca de lobo da Avenida Doutor Ulisses Guimarães, na Vila Nogueira, em Diadema, por uma equipe do Setor de Meio Ambiente da Delegacia Seccional de Diadema.
O problema foi descoberto depois que funcionários da Prefeitura de Diadema vistoriaram bueiros da região, que foi afetada pelas chuvas fortes que caíram no Grande ABC desde o início do verão. A Polícia Civil foi acionada para apurar o caso.
"Foi detectado que os resíduos vinham da empresa Polimix, já que o local fica atrás do terreno dela. A boca de lobo entupiu. Foi necessário interditar a via, quebrar o asfalto e retirar o material que estava lá", afirmou o delegado Nelson Caneloi Junior,
Ainda segundo o policial, a Polimix foi notificada pela Prefeitura, que exigiu a retirada do material. Quando a polícia voltou ao local, mais tarde, encontrou um caminhão da desentupidora Hidro-Press - empresa contratada pela Polimix para executar o serviço. "Eles estavam retirando o concreto de uma boca de lobo e jogando em outra. É um absurdo", contou o delegado.
Três pessoas foram detidas e vão responder por crime ambiental. Entre os acusados está um funcionário da Polimix. "Ele diz que recebeu ordem de um gerente da empresa para fazer isso", afirma Caneloi Junior, que instaurou inquérito para investigar os envolvidos.
O gerente da filial de Diadema da Polimix, que se identificou apenas como Luís Alberto, afirmou que o problema da vazão de concreto foi solucionado por volta das 14h de ontem. "Tivemos um problema por causa das chuvas. O cimento da Polimix acabou obstruindo a entrada da boca de lobo, mas contratamos uma empresa para fazer o serviço", afirmou.
A Hidro-Press foi procurada para comentar o caso, mas não respondeu aos telefonemas do Diário.


É UMA PENA VERGONHOSA SABER QUE NESSE PAÍS NINGUÉM VAI PRESO POR CRIME AMBIENTAL, NO MÁXIMO RECEBE UMA MULTA, CUJO NÃO PAGAMENTO NÃO IMPEDE A EMPRESA DE OPERAR, CONSEGUIR CRÉDITO, ETC.
OU SEJA, SE QUISER PAGAR A PORRA DA MULTA PAGUE, SE NÃO QUISER, NÃO PAGUE E FODA-SE O MEIO AMBIENTE.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Estado do RIO já contabiliza 962 focos de incêndio



Este ano, os bombeiros já registraram um total de 962 focos de incêndio no estado. Somente nos oitos dias de fevereiro, foram contabilizados 499 focos nas matas. Em janeiro, foram 463, o que dá uma média de 24 por dia.

Nesta segunda-feira, policiais do 2º BPM (Botafogo) informaram que uma área de mata estava pegando fogo no alto do Morro Dona Marta, em Botafogo. Moradores da região contaram que as chamas tiveram início quando um colchão foi incendiado. Elas teriam se alastrado por uma área de floresta. Depois de quase quatro horas, o fogo foi debelado por bombeiros de Botafogo. Ninguém saiu ferido. Outro foco de incêndio ocorreu em Vargem Grande.

Já na Zona Oeste, no bairro Camorim, um incêndio começou na noite de quinta-feira e foi controlado somente na manhã desta segunda-feira, destruindo cerca de oito hectares, sendo quatro deles dentro da área do Parque Estadual da Pedra Branca. O fogo pode ter sido causado pela queda de um balão.

Segundo o coronel Márcio Magnelli, comandante do Grupamento Florestal e de Meio Ambiente, os bombeiros usaram um helicóptero e um avião do Grupamento de Operações Aéreas. As aeronaves transportaram cerca de seis mil litros de água, que foram jogados no alto do morro, na região de Vargem Pequena e Curicica, em Jacarepaguá. Segundo os bombeiros, foram vários focos de incêndio na região.

Outro lugar afetado pelo fogo foi o Parque Estadual do Desengano, em Campos. Um avião de combate a incêndios florestais do Corpo de Bombeiros, com capacidade para lançar três mil litros d'água, foi usado na operação. Técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) suspeitam que uma tempestade de raios tenha provocado o incêndio. A avaliação é que tenham sido atingidos cerca de 25 hectares.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Lula contraria TCU e libera verba para obras irregulares



Veto do presidente Lula à lei orçamentária libera pagamentos de R$ 13,1 bilhões a quatro obras da Petrobras com irregularidades "graves" apontadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União), como preços superiores aos de mercado, falta de detalhamento nos gastos e falhas nos projetos. As obras que a lei orçamentária mandava paralisar são, por ordem de valor, a refinaria Abreu e Lima (PE), o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, a modernização da refinaria Presidente Getúlio Vargas (PR) e o terminal de Barra do Riacho (ES). Os pagamentos liberados no Orçamento deste ano variam de R$ 6,1 bilhões, caso da Abreu Lima, a R$ 184,3 milhões, o custo estimado para o porto de Barra do Riacho. Outras 38 obras, inclusive do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), foram mantidas como irregulares Orçamento (que não podem receber recursos públicos em 2010).
É a segunda vez na história que o presidente manda liberar verbas para obras consideradas irregulares pelo TCU, por meio de veto. Em 2005, Lula também vetou o bloqueio de dinheiro público para a construção da usina de Angra 3. Na justificativa de veto divulgada ontem, Lula alega que a paralisação das obras da Petrobras representaria corte de 25 mil empregos e prejuízo mensal de R$ 268 milhões, por causa dos custos de desmobilização e degradação dos trabalhos já feitos. Lula afirma também que o atraso poderia impedir o abastecimento de óleo diesel com baixo teor de enxofre porque "parte dos contratos" apresenta "90% de execução", ou seja, estaria em fase adiantada.
O TCU contestou esse dado e diz que as obras da Abreu e Lima e do Comperj estão no início. Nos casos da Repar e do porto de Barra do Riacho, também existiriam contratos não iniciados ou longe do fim.

"Cumprimos a nossa parte", disse o presidente do TCU, Ubiratan Aguiar, que não vê a decisão como um "ataque" ao tribunal. Aguiar disse que cabe ao Congresso se manifestar sobre o veto à lei orçamentária. Ele lembrou que a Petrobras poderia ter evitado a inclusão das obras na lista com a apresentação de informações detalhadas sobre os projetos ao tribunal.
Por meio de nota, a Petrobras informou que não há irregularidades em contratos referentes às obras. Segundo a nota, "existem diferenças nos parâmetros utilizados pelo TCU e pela Petrobras, o que resultou em diferentes valores em alguns contratos destas obras". A estatal diz ainda que "colabora sistematicamente com os órgãos de controle e, quando há diferenças, procura esclarecê-las, o que vem sendo feito no caso destas quatro obras".
Para derrubar um veto presidencial são necessários os votos de dois terços dos deputados e senadores. Essa hipótese é considerada mais do que remota, apesar de o Congresso ter se recusado, em dezembro, a excluir as obras da Petrobras da "lista negra". Na ocasião, o lobby da estatal e do governo foi barrado por senadores na Comissão Mista de Orçamento.
O veto de Lula foi proposto pelo Ministério de Minas e Energia e teria contado com o apoio de governadores que abrigam as obras da Petrobras.
Com a sanção do Orçamento para 2010, decidiu aguardar até março para definir o limite de gastos públicos no ano eleitoral. Até lá, os órgãos públicos vão se basear uma programação "provisória" de gastos.

Até onde vai a ignorância do ser humano?

Vietnã - 8h31 -Pescadores retiram um tubarão de uma tonelada e 5 m de comprimento, na costa da província de Phu Yen, no centro do país. As autoridades ofereceram uma recompensa de aproximadamente R$ 1 mil para quem capturasse um tubarão que teria atacado dezenas de banhistas. Os especialistas vão estudar o animal para identificar sua espécie e se realmente é o responsável pelos ataques.


NEM SABEM SE É ESSE O TUBARÃO RESPONSÁVEL PELOS ATAQUES, MAS JÁ O MATARAM!
O ECOSSISTEMA ESTÁ DEGRADADO E FORA DE CONTROLE, ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE DEVIDO A AÇÃO DO HOMEM. MAS ESSES MERDAS ASIÁTICOS, VIETNAMITAS ACREDITAM QUE O TUBARÃO É UM PSICOPATA, QUE SENTE PRAZER EM ATACAR BANHISTAS.
NÃO SERÁ PORQUE JÁ NÃO HÁ MAIS PEIXE NOS MARES ASIÁTICOS? NÃO TERÁ O TUBARÃO PROCURADO COMIDA EM OUTRAS ÁGUAS DEVIDO TEREM ESGOTADO SUA FONTE DE ALIMENTO??
POIS BEM, ATÉ QUANDO CONVIVEREMOS COM ESSA BURRICE HUMANA? 
QUEM SABE ATÉ 2012, ONDE ESPERO QUE A POPULAÇÃO DA TERRA SEJA DRASTICAMENTE REDUZIDA. ACHO QUE 10% TAVA BOM.


Oremos pelos asiáticos, que dentro em breve sofrerão devido à cataclismas.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Mina de urânio da INB em Caetité recebe do Greenpeace a marca de área de contaminação


CAETITÉ (BA) — Prefeitura do município lacrou só anteontem outro ponto de água radioativa, apesar de notificada sobre o problema no dia 21 de janeiro. Placa diz que o lacre foi colocado no dia 22 de janeiro
Ativistas do Greenpeace realizaram um protesto hoje pela manhã, em frente à mina de urânio operada pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) em Caetité, na Bahia. Eles estenderam, no portão da mina, uma faixa com a frase "Área de contaminação". Nada mais apropriado. Ali, numa análise feita recentemente pelo Instituto de Águas e Gestão do Clima (Ingá) do governo baiano, foram descobertos dois pontos de água contaminados por urânio – um deles com índices de radioatividade 40 vezes acima do nível considerado tolerável para humanos pelo ministério da Saúde.Eles se somam a outros dezessete pontos de água no município de Caetité em que análises realizadas desde 2005 detectaram níveis altos de radiação, o que torna a frase da faixa do protesto ainda mais adequada. Há fortes suspeitas de que a operação de mina da INB esteja provocando a contaminação. A estatal nega ser a responsável, alegando que a radioatividade encontrada na água da zona rural de Caetité é consequência da presença de urânio no solo da região.

Mas se recusa a apresentar qualquer prova de que o que ela diz é a verdade. Ainda que seja, isso não exime a empresa da responsabilidade de orientar a população local sobre os perigos que ela enfrenta. Mas a INB prefere tapar os ouvidos e os olhos para o problema, que por sinal ela já chegou até a afirmar que não existe, publicando no jornal que distribui à população local a manchete “Está tudo bem com nossos poços”. 
 Na última quinta-feira, dia 21, a prefeitura de Caetité e a INB foram notificadas para suspender imediatamente o uso de água de três pontos – um deles um poço em Barreiros, zona rural da cidade), onde detectou-se a presença de radioatividade nociva à saúde humana. A INB não deu qualquer satisfação sobre que atitudes tomou acerca dos dois pontos de água radioativa que foram encontrados no terreno de sua mina.

A prefeitura de Caetité ignorou a notificação até ontem, quando ativistas do Greenpeace foram ao prédio da Secretaria de Recursos Hídricos do município e convidaram o secretário a beber da água coletada no dia anterior no ponto contaminado de Barreiros. Nilo Joaquim de Azevedo, no entanto, zelou por sua saúde da maneira oposta que zelou pelo bem estar da população local e recusou-se a tomá-la. As autoridades locais seguiram seu exemplo e também não tiveram coragem de aparecer para bebê-la.

Mas tiveram peito para armar uma falseta. Logo depois do protesto do Greenpeace, a prefeitura despachou funcionários para lacrar o poço contaminado em Barreiros com um selo com data retroativa de 22 de janeiro – que no dia 26 do mesmo mês permanecia aberto e com sua água sendo consumida por 30 famílias que moram no local.

Dos 19 pontos de contaminação encontrados em Caetité desde 2005, alguns estão dentro da zona de operação da mina de urânio da INB e a maioria espalha-se pelo seu entorno, na área definida como zona de influência direta do empreendimento. "A empresa alega fazer mais de 16 mil análises de água anualmente, mas até hoje nunca tornou público seus métodos de exame e muito menos os resultados", afirmou André Amaral, coordenador da campanha de nuclear do Greenpeace.

Uma das condicionantes do licenciamento ambiental, que exigia a realização de estudos que poderiam mostrar a influência da mineração nos recursos hídricos da região, nunca foi devidamente cumprida. Em seu lugar, apresentou-se tão somente uma análise considerada incompleta e inconclusiva da antiga Secretaria de Recursos Hídricos do Estado da Bahia, que foi sucedida pelo  Ingá. Outra condicionante, que demandava um acompanhamento periódico da saúde da população que habita um raio de 20 quilômetros a partir da mina também foi esquecida em alguma gaveta da INB.

Alguns pontos onde detectou-se contaminação por urânio em 2005 permanecem abertos e sua água segue sendo consumida pela população, sem que a empresa e o governo municipal se dignem a tomar qualquer providência.

Recentemente o Greenpeace denunciou um vazamento que levou a empresa a receber uma multa de R$1 milhão de reais do Ibama. Em 2000, primeiro ano de operação da mina, a INB tentou esconder que 5 milhões de litros de licor de urânio foram liberados no meio ambiente. As autoridades foram informadas sobre o caso seis meses depois, também por denúncia, dessa vez,do Ministério Público.

No verão de 2004, chuvas excessivas atingiram a área da mina e a bacia de retenção da mina transbordou sete vezes, liberando efluentes líquidos com concentração de urânio-238, tório-232 e rádio-226 no leito do Riacho das Vacas. Em função da avaliação dos impactos desse acidente e das condições de operação da mina da INB, os fiscais da CNEN elaboraram parecer técnico solicitando a paralisação das atividades de mineração em Caetité e a não-renovação da licença de operação. 

Além de medidas para evitar deslizamentos, recomendou-se na época uma série de ações por parte da empresa, todas recusadas por Odair Dias Gonçalves, presidente da CNEN, órgão regulador da indústria nuclear, que curiosamente preside também o conselho administrativo da INB, a quem ele deveria controlar. O conhecimento dos técnicos, relevado por razoes obvias por Gonçalves, devia ter sido considerado: ano passado ocorreu um deslizamento que, segundo moradores da região próxima à mina, fez com que eles tivessem a sensação de que estavam vivenciando um terremoto, colocando em risco a vida dos próprios funcionários da mina.

Participe da cyberação - Exija que as Indústrias Nucleares do Brasil interrompa o fornecimento de água contaminada com radiação para a população de Caetité/BA, além de financiar um estudo da origem da contaminação dos poços de fornecimento de água atualmente abertos. Clique aqui!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Baía: ambientalistas criticam absolvição de acusados pelo vazamento de óleo

A absolvição dos réus acusados de serem responsáveis pelo vazamento de 1,3 milhão de litros de óleo de um duto da Refinaria Duque de Caxias na Baía de Guanabara, em janeiro de 2000, provocou a indignação de especialistas, como mostra reportagem de Ludmilla de Lima e Tulio Brandão, publicada na edição desta segunda-feira do jornal O GLOBO. Até o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, fez críticas à legislação ambiental, classificando-a como frouxa. Um dos que ficaram indignados foi o coordenador regional do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, Rogério Rocco:

- A sentença é o certificado de impunidade. No mesmo duto (onde houve o vazamento), já tinha ocorrido um acidente em 1997. A interpretação sepulta a aplicação da lei para muitos acidentes ambientais, que ocorrem por imperícia, negligência ou imprudência - disse ele, acrescentando que o prazo de quase dez anos entre a petição inicial e a sentença é inadmissível:

- É a declaração de falência do Estado no combate ao crime ambiental, que requer expertise muitas vezes inexistente no Judiciário e insuficiente no Ministério Público Federal.

Apesar de dizer que a legislação ambiental é frouxa quando se trata da questão penal, Minc evitou o pessimismo. Ele afirma que houve avanços importantes na área de meio ambiente desde o desastre. Na sua avaliação, dificilmente um acidente da mesma proporção ocorreria ou ficaria sem punição nos dias de hoje. Minc era presidente da Comissão de Meio Ambiente da Alerj na época do vazamento:

- Apesar da infelicidade, da precariedade e do fracasso dessa decisão, seria errado e pessimista achar que nada aconteceu desde o acidente. Algumas leis mudaram. Temos agora o decreto de crimes ambientais (de 2008), temos outras leis que podem mudar. Além disso, as licenças são mais rigorosas e a Petrobras mudou. A empresa passou a ter muito mais cuidado depois do vazamento de 2000.