quinta-feira, 18 de março de 2010

Em 2008, PMDB da BA recebeu doação de R$ 500 mil da OAS



Legenda do prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro, o PMDB da Bahia foi o partido que mais recebeu doações da empreiteira OAS, na campanha de 2008. De acordo com o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PMDB obteve duas transferências no valor de R$300 mil e R$200 mil em julho e agosto daquele ano. As doações são legais, e destacam o apoio da empresa ao partido do gestor municipal, então candidato à reeleição, e do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (pré-candidato ao governo da Bahia neste 2010).
Além do PMDB de João Henrique e Geddel, o único comitê eleitoral que recebeu doação da OAS foi o do petista Walter Pinheiro, ex-deputado federal então candidato a prefeito e atual secretário estadual de Planejamento do Estado da Bahia. Neste caso, porém, o valor é bem menos expressivo: R$2 mil, entregues em agosto de 2008. Também concorreram à prefeitura de Salvador o ex-prefeito Antônio Imbassahy (PSDB), o deputado federal ACM Neto (DEM) e o historiador Hilton Coelho (PSOL).
Ministério Público Federal (MPF) na Bahia de integrar um esquema de "consórcio oculto" nas obras do Metrô de Salvador, acerto paralelo descoberto no final de 2009. As outras empresas seriam as oficialmente responsáveis pela realização do projeto (Andrade Gutierrez, Camargo Correa e Siemens, que formam o consórcio Metrosal) e a Odebrecht, Constran e a italiana Impregilo.
No esquema, que funcionaria desde o início das obras em 2000, as empreiteiras interessadas em realizar uma obra se reúnem antes de submeter seus projetos à licitação e combinam os valores que irão apresentar e como será repartida a obra e o dinheiro posteriormente. Depois, a obra é realizada por todas as participantes do esquema, e não apenas pelas vencedoras, sendo repartido o dinheiro destinado à construção.
De acordo com reportagem publicada pela "Folha de S. Paulo" no último domingo, o conluio baiano seria apenas um dos casos existentes no País. Situações semelhantes foram encontradas na construção dos metrôs do Rio de Janeiro, de Fortaleza, do DF e de Porto Alegre. Segundo a Folha, investigações da Polícia Federal apontam para a existência de superfaturamento nas obras. No caso de Salvador, o preço teria sido elevado em 43%. As investigações, derivadas da Operação Castelo de Areia, estão paradas desde a suspensão do processo pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em janeiro.
"Nada além da legalidade"
Segundo o presidente do PMDB na Bahia, Lúcio Vieira Lima - irmão de Geddel -, as doações na campanha de 2008 não representam "nada além da legalidade".
- Se faz doações por fora é caixa dois, se faz por dentro não pode fazer. Aí fica complicado... - desabafa. - Qualquer empresa que procura o partido para fazer doação que esteja na legalidade pode doar... Eu estou aqui para receber - complementa o peemedebista.
O sub-secretário de Comunicação da Prefeitura de Salvador, Ipojucã Cabral, responde que "o prefeito já disse tudo o que era para dizer sobre o metrô" e "a relação com a imprensa já está suficientemente transparente". O sub-secretário afirma que o prefeito não falaria de coisas referentes à campanha. "Há certas coisas sobre as quais não há mais necessidade de falar", diz.
Projeto do Metrô foi amputado
Com obras iniciadas há mais de uma década e que estão atrasadas em pelo menos seis anos, a construção do Metrô de Salvador é objeto de uma CPI na Assembleia Legislativa da Bahia desde a última segunda-feira (15). No começo, a obra previa uma estrutura de 11,6 km que ligasse o centro da cidade aos bairros de Pau da Lima e Pirajá, dois dos mais populosos da capital, na zona norte.
Depois de denúncias de irregularidades feitas pelo TCU e pelo MPF na última década, que provocaram cortes de repasses do governo federal e a paralisação das obras, o projeto foi cortado pela metade (agora serão 6km, a partir do centro) e empacou. Até o momento, a obra já consumiu cerca de R$ 1 bilhão dos cofres públicos para os 6km, bem mais que os cerca de R$400 milhões inicialmente previstos para todo o percurso.
A previsão atual da prefeitura é que o Metrô de Salvador comece a funcionar comercialmente no primeiro trimestre de 2011.

quarta-feira, 17 de março de 2010


Usando a internet, índios combatem desmatamento na Amazônia












Para os índios
 Suruí, que vivem na reserva indígena Sete de Setembro, na divisa entre os Estados de Rondônia e Acre, levar uma vida tradicional na floresta não é incongruente com as modernas tecnologias - ao contrário, uma fortalece a outra. "Eu acho que nossa aliança com a internet é muito importante porque facilita e possibilita que a comunicação fortaleça politicamente nosso povo", diz o líder indígena Almir Surui, de 35 anos.
"Eu acho que nossa aliança com a internet é muito importante porque facilita e possibilita que a comunicação fortaleça politicamente nosso povo", diz o líder indígena Almir Surui, de 35 anos. Por iniciativa de Almir, a relação que os Suruí têm desenvolvido com a internet, esta "ferramenta dos brancos", é uma inovadora tentativa de fazer com que o contato reforce - ao invés de corromper - a cultura e o modo de vida nativos.
A ideia de usar a internet para valorizar sua cultura e combater o desmatamento nasceu em 2007, quando Almir teve seu primeiro contato com o Google Earth e fez o que todo mundo faz: procurou ver sua casa do satélite. A vista aérea da reserva Sete de Setembro, um polígono verde de 248 mil hectares no centro de um entorno quase totalmente desmatado, representado em cor marrom, deixou o líder chocado. Mas, ao mesmo tempo, ele percebeu que a mesma internet que expunha os problemas também poderia representar uma solução.
"Eu disse ao Vasco (van Roosmalen, da ONG Equipe de Conservação da Amazônia, ACT-Brasil, parceira dos indígenas em diversos projetos) que queria um encontro com o Google, e ele achava que era impossível", conta. "Insisti e consegui uma reunião de 30 minutos. Passamos três horas, de tão interessados que eles ficaram."
Menina dos olhos - Hoje, a parceria do Google Outreach - o braço social do Google - com os Suruí é uma espécie de menina dos olhos da companhia.
Ao saber desta reportagem da BBC Brasil, a diretora mundial do projeto, Rebecca Moore, fez questão de colaborar, por meio de uma videoconferência da sede da empresa em San Francisco. "Pelo chefe Almir, tudo", brincou Rebecca, antes do início da entrevista. Ela diz que se convenceu pela descrição "categórica e potente" que Almir fez da realidade amazônica.
"Ouvimos histórias sobre as ameaças representadas por madeireiras ilegais e mineradoras, sobre pessoas assassinadas, sobre o fato de existir inclusive uma recompensa pela cabeça do próprio Almir, por liderar seu povo e resistir às madeireiras", contou. "Ficou claro que ele tem uma ideia muito sofisticada de como a tecnologia moderna pode ajudar os povos tradicionais a se fortalecer, fortalecer sua cultura, proteger e preservar suas terras, e preencher uma lacuna entre modos tradicionais e modernos."
Suruí online - O primeiro passo da parceria entre a gigante de internet e a associação indígena Metareilá, firmado em 2008, foi a disponibilização do chamado "mapa cultural" dos Suruí, que antes só existia em papel, no Google Earth. Feito a partir de uma metodologia que a ACT-Brasil cedeu aos indígenas, o mapa mostra, por exemplo, os locais onde se desenrolaram batalhas históricas dos Suruí contra outras tribos ou contra as expedições não indígenas.
Em outro clique, o usuário fica sabendo que, para os Suruí, o canto do tucano pressagia as más notícias, e que as penas do animal são utilizadas por guerreiros durante a celebração do Mapimaim, em homenagem à criação do mundo. Como parte da parceria, a empresa providenciou treinamento de informática para cerca de 20 indígenas na sede da associação Metareilá, em Cacoal, onde fica a reserva.
O gerente de produtos da empresa, Marcelo Quintella, um dos que providenciaram o treinamento na ocasião, diz que se surpreendeu com o nível de familiaridade de muitos jovens indígenas com as novas tecnologias. "Metade nunca tinha mexido em um mouse. Mas, dos outros dez, uns cinco sabiam usar o computador - não eram usuários diários de internet, mas sabiam - e outros cinco tinham até e-mail e (perfil no) Orkut", contou.
Agora, os Suruí querem embarcar no mais ambicioso objetivo da "parceria", como diz Almir, com a internet: o combate ao desmatamento da reserva Sete de Setembro, em tempo real. Eles aguardam a chegada dos primeiros aparelhos smartphones equipados com o sistema operacional Android, da Google, que lhes permitirá tirar fotografar imagens do desmatamento em tempo real, postar na internet e enviar para o mundo e as autoridades competentes.
"Não é somente eles dizendo que existe (o desmatamento), é todo mundo vendo que existe. O poder de convencimento muda", avalia Quintella.

ZOO Chinês mata animais de fome se governo não manda dinheiro

O zoológico da cidade de Shenyang, no nordeste da China, onde 13 tigres siberianos - espécie sob grave risco de extinção - morreram de fome nos últimos meses foi acusado hoje pela imprensa chinesa de usar os ossos dos animais para elaborar licores medicinais.
Segundo o jornal Beijing News, a prática de fazer licor de ossos de tigre, muito apreciado há séculos pela medicina tradicional chinesa, mas atualmente ilegal, "começou no zoo em 2005 e o produto era entregue a departamentos estatais de Polícia, política florestal e meio ambiente".
"Eu mesmo bebi licor de osso de tigre", assegurou a fonte anônima do zoo que revelou a prática ao jornal. O destilado de osso de tigre, ou "hu gu jiu", pode chegar a custar US$ 4,1 mil por garrafa no mercado negro.
As regulamentações para evitar o tráfico de restos mortais de animais em extinção, vigentes desde 1993, exigem que os ossos e a pele dos tigres falecidos sejam guardados em salas frigoríficas e lacrados, mas aparentemente a lei não prevê quem deve ser responsável por estes caros procedimentos.
Em consequência, os tratadores do zoo de Shenyang, onde morreram cerca de 50 tigres desde o ano 2000 (a informação não explica as circunstâncias das mortes) ficaram responsáveis pelos restos e supostamente tiraram proveito econômico deles.
Outro jornal, o Nanfang Daily, assegurou na segunda-feira passada que os tratadores não alimentaram os animais nos últimos meses, como chantagem para tentar pressionar o Governo local para que pagasse as dívidas do zoológico, que não eram quitadas há 18 meses.
Onze dos tigres morreram diretamente de fome, outros dois foram sacrificados após atacar seus tratadores, possivelmente por falta de comida, e outros três estão em situação grave, e equipes veterinários trabalham contra o relógio para salvar suas vidas.
Cerca de 20 outros animais, entre leões, camelos, macacos, avestruzes e várias outras espécies, também morreram no zoo nos últimos três meses de inverno, época na qual a falta de visitantes diminui a receita proveniente do custo dos ingressos.

Bando de chinês filho da puta, odeio tudo que vem da china, de produtos à pessoas.  Onde já se viu a quantidade de animais que morrem de FOME???? Ah vá a merda, puta que pariu, já tá errado de meter animais em jaulas, ainda maltratar cruelmente? Eu tenho pena dessa gente quando desencarnar... O idioma natural do inferno vai ser o mandarim.